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Quão importante pode ser a convivência com um pet na educação de uma criança?

Resolvi escrever esse artigo depois de ter respondido a um comentário de uma das seguidoras de nossa Página no Facebook.

Havíamos feito uma postagem sugerindo que nossos seguidores dissessem o que seus Pets significam para eles, então houve uma seguidora que respondeu que o seu Pet "significa toda a mudança que ocorrera em sua vida" (não perguntei que mudanças foram estas), levando-nos a responder em seguida que alguns comportamentos essenciais para cuidar de um pet geram outros que demonstram as boas mudanças que nos tornam pessoas melhores.

Algumas horas se passaram e eu ainda estava com aquilo na cabeça, e fui fazendo conexões que me levaram a pensar de forma muito mais ampla sobre o impacto positivo que a adoção, e o cuidado a um pet, podem trazer a uma família; a partir de cada um dos seus indivíduos.

Ainda construindo essas conexões que resultou nesse artigo, imaginei uma criança agachada junto a um cão fazendo carinho em suas orelhas. Era como se essa criança quisesse dizer que ela estava ali para protegê-lo, e que aquele gesto era para que aquele cão tivesse certeza disso.

Não se tratava de um cão abandonado, era um pet de fato. Mas aquele menino não se comportava como o dono de uma propriedade, mas como um pequeno guardião daquele ser.

Um pequeno guardião, que certamente não poderia entrar numa briga com alguém maior que ele para proteger seu pet, mas que tinha toda a disposição de protegê-lo da fome, do frio, do abandono e do medo. Como? Simples, através do carinho, do cuidado e do compromisso em fazer aquele cãozinho se sentir protegido, ao ponto deste nem se dar conta de que nesse mundo existem perigos.

Isso levou meu pensamento a um outro estágio, onde eu inevitavelmente fiquei imaginando em que tipo de adulto aquela criança se tornaria um dia. E eu imaginei um homem sensível sem ser frouxo, seguro sem ser tão arrogante, corajoso sem ser estúpido, afável sem ser melindroso. Alguém preparado para respeitar sem precisar concordar, mas pronto também para se impor se for para evitar a dor no outro (uma vez que isso possa ser evitado), porque sabe que o outro vai sofrer, e que isso não é bom.

Não sei quanto a você que está lendo esse artigo, mas para mim isso faz todo o sentido. E eu vejo no caráter desse personagem o produto de um aprendizado permanente e constante, que o cuidado com os pets podem trazer para toda a vida de um ser humano.

Desculpe me alongar nesse meu artigo, mas leia até o final antes de tirar conclusões precipitadas, e dizer que eu estou pirando na batatinha.

Hoje ninguém pode negar, em sã consciência, que a nossa sociedade está doente, basta ligar a TV, ou sair na rua e observar.

Se crimes contra a vida (nem vou falar de crimes contra o patrimônio) fossem negócios lícitos, e pudéssemos transferir seus números para a bolsa de valores, a Bovespa nunca fecharia em queda, pois a cada dia a violência aumenta e nos surpreende. E a violência não é consequência da natureza (são os homens que a produz), pois as chuvas não atiram, frio não sequestra, calor de mais não assalta, animais não traficam. Nem mesmo no dito mundo selvagem as fêmeas abandonam seus filhotes sem que estes estejam preparados para sobreviverem sem elas. E os machos, embora briguem para defender seu território, não ameaçam e nem matam suas companheiras por ciúme.

Nossos Pets não são rancorosos, não guardam mágoa e nem desejam vingança, são capazes de te lamber mesmo depois de você ter pisado sem querer neles.

Não consigo imaginar o garoto inclinado a acariciar aquele cão como autor de qualquer uma dessas delinquências que citei a pouco. Isso porque no cuidado com um pet, a criança exercita na prática todo o discurso de valores e princípios, que pelo ou menos a maioria dos pais, tentam passar aos seus filhos.

Alguns exemplos:

  • Respeito ao próximo: Num dia de sol você não andaria descalço na rua, afinal isso pode queimar seu pé, as patinhas dele também. Se você usa um espaço público, seja para o que for, você o deixa limpo e organizado, portando leve consigo saquinhos plásticos porque seu bairro não é a caixinha de areia do seu pet. Você sente frio, e ele também, cuide para que ele não adoeça por causa disso. Você sente fome, ele também, assim como você detesta ficar sem comer o mesmo ocorre com ele.

  • Empatia: Após algum tempo convivendo com o Pet a criança compreende (pela prática e não só pelo discurso), que ela e aquele animalzinho possuem necessidades semelhantes, seja de ordem física e/ou afetiva, e desse modo ela aprende o que é se colocar no lugar do outro.

  • Responsabilidade: Cuidar de um pet não é como zelar por um objeto, é se responsabilizar por outra vida, por isso você deve cuidar da alimentação, da higiene, do lazer, e propiciar condições para que ele tenha um bom descanso. A negligência pode levá-lo a adoecer a fazê-lo um meio de transmitir algum prejuízo a saúde da família, como uma criança que gripada transmite o vírus pra todos na casa. Leve seu cão para passear, ele precisa se exercitar e você também. Você sente sede, ele também.

  • Auto-Estima: Quando a criança vê que seus pais observam, orientam, e elogiam os cuidados que ela tem quanto ao Pet, isso contribui para que se torne um ser humano seguro, e reforça nela a importância de fazer o certo, de fazer o bem. Isso se torna ainda mais efetivo quando ela vê que os pais partilham dessa responsabilidade, ao invés de apenas “jogar” sobre ela todos os cuidados que envolvem os pets. É como mais uma causa que envolve a família e fortalece ainda mais os laços.

  • Altruísmo: Cuidar de um Pet é doar um pouco de si para assegurar o bem estar do outro. É um exercício de amor, e uma alquimia que ajuda a ajustar qualidades, que combinadas, forja um bom caráter. Diminui sensivelmente os riscos de termos mais um adulto egoísta.

Por fim, acreditamos que a convivência e o cuidado com um Pet, desde que os adultos saibam aproveitar essa excelente oportunidade, tanto de aprendizado como de crescimento para seus filhos, ajuda-nos a termos uma sociedade muito melhor, com adultos mais seguros, menos egoístas, mais empáticos e tolerantes, mais confiantes e menos agressivos.

E você? O que acha disso?


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